Não sou obrigada
Não sou obrigada a gostar de azul
Quando eu gosto é da cor rosa
Não sou obrigada
a gosta da cor rosa
Quando eu gosto da azul.
Não sou obrigada a beijar sua boca
Se prefiro mesmo beijar outra boca
Não sou obrigada a aceitar
o desrespeito
Quando venho há séculos lutando
pelo meu respeito
Pelo respeito das mulheres
Que sofreram e sofrem opressão.
Não sou obrigada
a ignorar as ofensas
Os gritos
E até as cicatrizes
Do corpo
Da alma
Pois eu prefiro é andar
De cabeça e pensamentos livres.
Não sou obrigada a ocupar cargos menores
A ter minha voz silenciada
Se prefiro mesmo é gritar
Não me impeça a seguir
Se minhas mãos e pés preferem
Percorrer lugares quaisquer.
Não sou obrigada a seguir padrões
Que me permitem cortar minhas asas
Prefiro mesmo
é sair das amarras
E deixar minhas asas libertas
Voando onde eu quero chegar.
Assim, não me obrigue a nada
Pois neste mundo
Prefiro voar!