Grafite

Imagine muitas almas, fracas derrotadas

Sangue, cinzas, feridas infundadas

Tirania afronta o Afeganistão

Brotando uma explosão de opressão

Mulheres sufocadas, crianças fatigadas

Vidas bradam a ser emancipadas

Desperta do caos uma afegã

Malina Suliman opõe o Talibã

A rua é uma cela e também a sua tela

Spray é uma arma em sentinela

A arte questiona sua identidade

É estandarte, muita calamidade

Do extremismo, a Índia é seu refúgio

Deixando marcas incrustadas pelos muros

Auxiliando moças a traçar o seu futuro

Atrás de uma burca, mente de poesia

Crítica nas ruas do seu dia a dia

O maior monstro virou sua família

Grafite é igualdade, grafite é expressão

A arte nas ruas vencerá a repressão

Grafite é igualdade, grafite é expressão

A arte nas ruas vencerá a repressão

Malina estudou artes no Paquistão

Voltando a seu país com ideal e spray na mão

Técnicas simples e simbologia

As cores também fazem analogia

Mensagens políticas são retratadas

O amanhã é a semente hoje plantada

O perigo está logo à espreita

Disfarçar é não cair em sua teia

Figuras prostradas, chaves e caveiras

Imagens distorcidas e frases de guerreira

Seu coração é uma trincheira

No qual cabe toda resistência alheia

A arte é luz em meio às trevas

Esperança incendeia a Terra

O que fazer em um mundo em chamas?

A expressão artística clama

Grafite é igualdade, grafite é expressão

A arte nas ruas vencerá a repressão

Grafite é igualdade, grafite é expressão

Flora Fernweh
Enviado por Flora Fernweh em 07/03/2020
Reeditado em 30/10/2021
Código do texto: T6882219
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