Pandemia

Vamos estocar máscaras e álcool em gel até faltar ao necessitado, correr ao mercado e comprar tudo o que nosso cartão crédito possa proporcionar.

Elevar os preços! Compra quem tem nome para parcelar... E se desabastecer? Farinha pouca o meu quinhão primeiro! Vamos lucrar, acumular e aproveitar nosso senso moral vencido.

O mais forte vence, abram-se os postos de trabalho!!!

"gripezinha mata-mata"

Se ao menos tivéssemos água e saneamento básico para nos higienizarmos, mas… A quem importa?

O que importa é morrer de trabalhar e continuar na miséria, ser grande, invejando o andar de cima e desprezando a base que sustenta a grande pirâmide social, sem nos questionar a diferença entre onde estamos e onde imaginamos estar.

Não! Não cobrem altas frequências de intervenção social. A balbúrdia acabou, o tempo de reivindicar se foi... Só é aceito o louvor ao poder e a execração a quem se opor.

Até quando nosso covarde silêncio continuará a construir o presente e ecoará no futuro em trágicas linha de subordinação pueril e ultrajante? Não há a questão, TUDO é a questão.