O DIA QUE A TERRA PAROU

Estava a humanidade, tranquila em seu egoísmo,

levando a vida a seu bel prazer, cada um olhando

de cima, de lado, de “rabo-de-olho” para o outro,

outro ? que outro ?

Nossos carrões, nossas mansões, faculdades e

títulos de “Doutor”, academias, Iphones 10, Corolas e BMWs,

outro ? que outro ?

Bares cheios de pessoas presentes,

Igrejas cheias de pessoas ausentes,

Escolas ensinando a se destacar,

Pessoas precisando se ajudar

E a roda ia girando, nessa dinâmica infernal,

Pais, mães, filhos, tios, avós, primos, sem parentesco

Fraternal, era um oi de vez em quando, um zap,

uma curtida, no Face já tava legal

Então chegou o “Corona”, de carona

na indiferença global, foi arrastando tudo,

Potência econômica e cultural, não

Olhou nem rico, nem pobre. Cor da pele ?

Todos iguais no funeral.

A terra parou no momento, que o vírus foi solto no ar,

chegou o seu ponto parceiro, Dê tchau àqueles parentes,

que não teve tempo de amar !