NADA A VER //

NADA A VER

(Carlos Celso Uchôa Cavalcante=20/nov./2021)

É complexo falar de consciência

quando a predominante incoerência

dificulta as razóes dialogadas;

é difícil chegar-se a um consenso

quando o contraditório é imenso

nas propostas inúteis cogitadas.

Tanto é que ascende o preconceito,

cria eros ondre não há defeito,

subestima o que deve exaltar;

as razões ficam em segundo plano,

a arrogância em gesto desumano

chega ao ponto do plácido acerbar.

Consciência pra tantos é um termo

que adentra o ego e torna ermo

os princípios cristãos do ser humano;

sobre põe à razão a arrogância

cultivando a maldita ignorância

safrejando o seu fruto profano.

O que a ver pode ter o pigmento

de uma pele em razão do detrimento

que acaso causaria a outro ser?

somos seres em perfeita distinção,

branco, negro, amarelo, eis a questão!

a resposta a esse ítem: "nada a ver"

Reflitamos a generalidade,

sobre a nossa perfeição de igualdade;

criaturas que entre si não se diferem,

só a brusca ignorância, a estupidez

é que ousa contestar o que Deus fez;

liberdade, do arbítrio, que preferem.