RIO DAS VISTAS
Vivo pra percorrer e vejo
o que não nasci pra ver
porque tenho os olhos da ilusão
e a visão mágica de Redentor.
Fico sem opção,
tenho atadas mãos,
braços hipnotizados,
abertos sobre a Guanabara
sem bossa, só a Roça
e seus versos funcados
de poetas de vitrola.
Mesmo que cerre as cortinas,
pálpebras meninas,
incinere retina,
ainda esculpirei na resina,
degustarei daqui de cima
as turnês da cocaína
e seu odor verde piscina.
André Oliveira, um Jerico
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