Simplesmente CANTOU
Ele cantou,
apenas cantou.
Sem pedir nada,
sem estender a mão.
Ali, cercado por problemas,
presa a uma cadeira de rodas,
ergueu a voz
e preencheu o vagão.
Eu, pequena e imersa
nos labirintos do ego,
parei.
Meus passos firmes de propósito
perderam o rumo
diante de seu canto silencioso.
Nenhum chapéu,
nenhuma súplica.
Só música.
Um aplauso, dois…
Ele partiu,
sem uma palavra,
com o objetivo encerrado
e, talvez,
uma dor contida.
Mas ele cantou.
Simplesmente cantou.