Fast Food Apocalipse Social
Servem McDonald's no café da manhã, classe média nutrida.
Consomem o futuro em estômagos podres de propaganda,
Enquanto as plantações vomitam vegetais de ácido.
Os crânios alheios são um parque para divertimento de
Algoritmos, enquanto o tal amor está sacralizado nas
Tetas de silicone... Fuga de genuínos sentimentos?
Enquanto presidentes bebem suco de sangue
Das crianças da Palestina, o real se tornou
Holograma, preso nas selfies de redes sociais.
Jogam cartas de DNA para tentar enganar a morte,
Enquanto a fome gera falecimentos em slow motion.
Os hambúrgueres de sonhos esmagados custam
Algumas tristezas, o milkshake de serotonina está
Na salada de psicotrópicos na farmácia mais próxima.
Os algoritmos mastigam os gostos pessoais,
Influencers idiotizam os hábitos para na aba
Do rolamento infinito de feeds e imagens,
Oferecer verdades e likes em sentimentos recicláveis.
Ânimos quebrados sob o sol narcísico,
Crianças dançam na chuva ácida da depressão.
Muitos se acham inadaptáveis répteis em seus quintais
De doenças mentais - tiram a própria vida.
Dando um passeio pelo planeta que gira,
Certo ou ao contrário, hoje, um robô de
Ia, questiona: você está feliz agora?
Na dúvida, o próprio formata a resposta
Para o triste e perdido ser humano.
Tudo banalizou, nulificou: aceitamos vidas em débito automático.