Das Orgias!

Segura cintura, cinta, brochura, testa atina,

Glóbulo no globo, aglutina a pilha, sentido,

Dois pares de peitos que afunila, lira insana,

Desce o cavalete, o risco, o traço, agonia do dia,

A mão que segura meu teso, chamas & ardências,

Remendos & fundamentos vazando pelas escadas,

Toda a tinta, pinta, tralha, troça, trocadilhos,

Duas fêmeas, ares diferentes, mentes, clemência,

Longa é a noite, trocados diurnos, efusões, gritos,

Atos conjuntos, apartes & banhos, toalhas, cama,

Fôlegos & gozos se multiplicando no infinito,

Repique, pique, nada restringe, senão o descanso,

Alucina, mede, geme, cria, vira, revira, goza,

Bocas pelo corpo, por tudo que satisfaz, entornos,

Carnes em brasas se roçando em volta da minha língua,

As mãos em cada peito, o choque que o orgasmo impõe,

Tamanha é a volúpia enquanto recupera o fôlego

Das orgias que urgem, voragem & vigores alastrados,

Não há alquimia que seja melhor...

Peixão89

Peixão
Enviado por Peixão em 04/07/2007
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