As noites

Deito a cabeça, tão quieto, no meu travesseiro

Cerro meus lábios, respiro só pelo nariz,

Então fecho os olhos e deixo minha mente partir.

Invadir espaços caóticos, calabouços sujos e imundos é o que ela faz.

E por fim traz à tona tudo que me faz chorar.

A minha sorte é que sinto a mão escura do meu quarto.

E ela me envolve com um abraço suave e perfeito.

Aconchego-me em sua palma, mas ela não canta para mim.

E como é duro o silêncio! Duro, inerte e eterno.

Eu apenas choro. E quando, enfim, minha mente retorna, já é outro dia, como foi o de ontem e como será o de amanhã.

Hugo LC
Enviado por Hugo LC em 13/12/2017
Reeditado em 13/12/2017
Código do texto: T6198028
Classificação de conteúdo: seguro