Anedonia
Teu prazer já não é o meu
Seu sorriso nada me agrada
Sou o abismo onde o sentimento se perdeu
Pouco sinto, quando na verdade não sinto nada
Seus prazeres, sorrisos ou felicidades
Não provocam em mim nenhuma alegria
O que eu mais amava, trato como futilidades
E sinto muito por não participar dessa euforia
O alimento que antes me saciava
Aos poucos se tornou o pior dos venenos
Já os telefonemas que eu esperava
Hoje pouco importam, aborrecimentos a menos
Não encontro prazer em nada
Nem na mais doce melodia
Se antes as injustiças me assustavam
Hoje são coisas banais, partes do dia a dia
E existe uma ruptura que me leva ao abismo
Uma rachadura que me isola da vida
Afastado, adoeço em solitário fobismo
Encontrando na morte, minha única saída