Memórias frias

Sigo os vestígios de uma memória ...

De um nome sussurrando pelo silvo dos ventos...

de um olhar entre gotas de chuva, de suspiros, cujos ecos jazem derretidos

se tornaram um no pavimento cinzento.

Sigo as trilhas de um sonho ...

De futuros alternativos, os deuses,

misericordiosamente engordando seus egos, ironizando a dor dos olhos tristonhos...ainda deixam-me respirar para saborear o farfalhar das folhas mortas no outono.

Continuo vagando em tempos mortos

rumo a horizontes indefinidos e ocre,

onde os abismos são lares cálidos, em ascensão...

onde se firmam os prometidos paraísos

de lábios úmidos, com batimentos sinceros do coração.

Ouço o sibilar de ventos frios

golpeando meus absortos pensamentos

Sentenciando-me com memórias antigas cravadas na alma infindos tormentos.