duros de novembro

Pesa no vento o trigo filho da luz

O pão se alvora junto com o sol

Fragata da manha na distancia

Luzeiro da incrível noite

Cheia de lobisomens chorando saudosos

Sua imagem tremula nas aguas

O sol a pino dunas sem sombras

As rosas do deserto sangrando seu silêncio incomum

Beduínos envoltos em turbantes

Grandes vulcões se aquecem nas raízes do chão

A noite se vê melhor os veios de fogo do grande magma

Calor que bebe as pedras desfazendo a ilusão

Francisco Cavalcante
Enviado por Francisco Cavalcante em 15/11/2018
Reeditado em 15/11/2018
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