Poesia

POESIA

Ao poeta Gideon Antunes

A poesia do pantaneiro rasteja na lama,

se molha na água do pantanal e se seca

no sol e na poeira das estradas

sem pavimento.

A poesia do pampeiro corre a galope

na garupa de um cavalo canta ao som

de um acordeon, perde-se nas invernadas

atrás dos xucros e descansa numa roda

de chimarrão.

A minha poesia não se enquadra em

nenhum modo porque é diversa, sem

estilo, é o resultado de um sonho,

de um pesadelo e de uma solidão.

Valter Figueira
Enviado por Valter Figueira em 13/07/2006
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