Poema da Independência

Libertamo-nos dos portugueses

Mas de nós mesmos quem nos libertará?

Hão de gritar às margens de um rio poluído o fim da propina?

Hão de morrer pelo fim da corrupção ou por ela irão se corromper ainda mais?

Invólucro de angústia, meu coração se derrama em tristeza

Pois sei que nada poderei fazer a não ser me queixar das manobras espúrias do governo

Enquanto diminuo a idade do meu filho em 2 ou 3 anos para não pagar a entrada do parque

Derrubem o Congresso Nacional, destruam o Senado Federal

E ao reconstrui-los usaremos tijolos superfaturados para simbolizar uma "nova era", "uma nova geração", com nomes mais simpáticos que outrora, porém com os mesmos desejos no coração.

Chamaremo-nos nação quando as aspirações individuais forem minúsculas em relação ao bem comum;

Comemoraremos a independência quando o interesse pelo poder seja maior que o poder;

Seremos um país quando o macro seja o alcance das políticas públicas e não a correlação de cifras.

Thiago Lara
Enviado por Thiago Lara em 07/09/2017
Reeditado em 07/09/2017
Código do texto: T6107581
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