REVOLTA - (Guimarães Rosa) - Eu não voto NULO

Como você tem se preparado para a sua semana? Quando você acorda se prepara para o seu dia? Eu gostaria de te desafiar a ler esta resenha até o final, que você fizesse este exercício, que você hoje experimentasse algo diferente. Pense, você já viveu a primeira estrofe da poesia de Guimarães Rosa? – “Todos foram saindo, de mansinho, / tão calados, / que eu nem sei / se fiquei mesmo só. / Não trouxe mensagem / e nem deram senha…”? Pergunte a si mesmo agora: O que eu faria se observasse todos saindo de mansinho, e calados?

Não podemos nos acostumar a frase “eu poderia”. Por que “poderia”? Por que você não pode? Quer dizer que só podemos mudar se sairmos de mansinho, calados, sem nenhuma mensagem, ou seja, como covardes? Revoltamo-nos por dentro, mas na hora de votar, de dar a cara, de dizer em quem eu acredito ainda que ele não seja perfeito, eu corro.

Quer saber vou morar em outro País, porque eles - “disseram que não iria perder nada, / porque não há mais céu”. Como assim? No momento em que eu saio de meu País, eu o abandono, e fujo como um covarde. Você não está sozinho, você é o criador da sua vida deficiente, ou da abundante. Abre aspas para uma observação, repare - “Elias derrotou 400 profetas de Baal, mas quando Jezabel gritou de seu palácio dizendo — Que os deuses me matem, se até amanhã a esta hora eu não fizer com você o mesmo que você fez com os profetas!”.

Sabe o que Elias fez?

Meteu o pé, correu, e se escondeu”.

Uma porção de brasileiros revoltados, que estão vencendo grandes batalhas, mas na hora de dar a cara, estão falando como o poema de Guimarães Rosa – “E agora, que tenho medo, / e estou cansado, / mandam-me embora…”. Essa é a sua vida, e como você olha pra ela tem tudo a ver com o quanto você aproveita dela ou não. Ninguém tem o direito de nos mandar embora, todos temos o direito de mudar; todos temos a capacidade de modificar o que deu e está dando errado; de ajustar o que está fora do lugar, e de eliminar qualquer coisa que não esteja funcionando.

Por onde podemos começar? Primeiro por rejeitando ir embora – “Mas não quero ir para mais longe, desterrado, / porque a minha pátria é a minha memória. / Não, não quero ser desterrado, / que a minha pátria é a memória…”. Ou seja, o Poeta rejeita ir embora, e assim como ele está na hora de acreditarmos em nós mesmos. Quando, você tem fé em si mesmo, você é capaz de ultrapassar barreiras gigantes não permitindo, que as situações externas da vida venham a te moldar.

“O êxito da vida não se mede pelo caminho que você conquistou, mas sim pelas dificuldades que superou no caminho” - Abraham Lincoln.

Levaremos tempo para entender algumas coisas, mas levaremos mais tempo ainda se nos acovardarmos. O Brasil precisa de Brasileiros que o amem, e não de homens e mulheres que só sabem gritar – Eu sou Brasileiro com muito orgulho e muito amor! / Brasileiro nunca desiste! Estamos todos nos sentindo lesados, prejudicados e insultados. Entretanto, sentir-me-ei grato no dia em que votar com liberdade.

Este momento será a linha direta que tenho com a DEMOCRACIA, onde direi: “Não quero ir mais longe, não sou refugiado e nem um exilado / minha pátria é aqui onde tenho histórias / Não serei tratado como um deportado / minha pátria, minha memória”.

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“Minhas Palavras, meu Púlpito”