Habitante do sertão

Esse sol que alumia meu sertão

Traz sabor ao dia a dia

Me faz ser eu e mais ninguém

Na minha estrada

Pego meu carro de boi

Porque o trem nunca vem

A luz chegou esses dias

Nas rezas da ave Maria

A água apareceu também

Tinha piaba fresquinha

Um ovo e pé de galinha

Pro pirão acompanhar

Na majestade do dia

Era só alegria

Dos grilos a cantar

As folhas iam caindo

A gente só assistindo

O sol nascer e raiá

As criança nascia

Valei-me Santa Luzia

Dos olhos eu cegar

No barro a gente se via

E na melhor companhia

O restante do ar

E sempre trazeno

O cacete na mão

Para os cachorros espantar

Uma inocência plantada

Na terra de meu bem

Aleluia amém acabo de acabar

Ronaldo Crispim
Enviado por Ronaldo Crispim em 16/09/2018
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