RATOS
Hoje, devido aos últimos fatos,
Só me vêm à mente ratos
Trajando suas capas pretas
Engendrando mutretas
Abrindo as grades das prisões
Levando à absolvição
Da escória, de bandidos e ladrões.
Eu sinto nojo e vergonha
Deste antro de supremos
E contra eles só podemos
Tomar novamente as ruas.
Estas figuras pútridas estão nuas
Diante da não-mais-enganada população.
Cinicamente tentam encobrir
O perigo iminente a que condenam a nação.
Porteira onde passa um boi,
Também passa toda uma boiada.
Principalmente diante de multidão
Acovardada, calada, que não faz nada.
Atenção!
Ação, minha gente, Ação!
Ouvindo o clamor das ruas.