Suave, rara, cara

Suave, rara e cara

De tantas caras e cores,
de tantos amores e dores.
Senhores...
De tantos pesares,
rainha dos mares.
Perfeita maternidade,
espécie quase em extinção.
Seu nome perpetuado,
explorado e amado.
Nome de nomes,
sobrenomes, sem nome...
Mãe de governantes e governados,
de castos, de pederastas, de santos.
Mãe governa o mundo.
Transpira no ventre a chama da vida
Clarifica, vivifica, ramifica, multiplica.
Mãe de cada dia,
do dia de sol, da noite escura,
da rua sem saída,
da esquina onde mora o vicio.
Mãe, soberana mulher.
Espera, espera, espera...
a tua recompensa e pensa
no filho que geraste,
de geração a geração.
Gestação bendita.
Hoje gestação maldita
pela dor da violência,
dor da perda, da incógnita
de dar um filho ao mundo
ou submundo?

Nelmara Cosmo
 
COSMO
Enviado por COSMO em 12/02/2020
Reeditado em 12/02/2020
Código do texto: T6864489
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