Heu Brasil

Ó Brasil do abastado!

O seu filho retardado,

Chora humilde, aos seus pés.

Valoriza a "rima" rica,

"Rima" pobre sempre fica,

Esquecida, às ralés.

O meu brado de repulsa,

Tange na veia que pulsa,

Vem suprimindo o voraz.

Antagonismo cruel,

Quebra a taça, bebe o fel,

Em um anelo sagaz.

Outrora, o inconfidente,

Quis redimir sua gente,

Embalde, lutou com razão.

O seu peito astuto, ardil,

Repudiou um Brasil,

Concebendo outra nação.

Faço aqui, minha queixa,

Aproveitando a deixa,

Da sua demência louca.

Venha, me peça perdão!

Abra as portas da nação,

Passa mel na minha boca.

Valério Márcio
Enviado por Valério Márcio em 22/01/2022
Reeditado em 22/01/2022
Código do texto: T7434568
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