TOADA DE BUMBA MEU BOI: "TERRA DA ESPERANÇA - SANTA LUZIA DO PARUÁ, A CAPITAL DO MEL" Autor: Poeta Gualter Alencar
No coração desta cidade
O Tracuá tem seu valor
Foi ali por sua margens
Que o Padre Adolfo profetizou:
"Codó, teu sonho de cidade
Agora, sim, começou"
Mote:
Terra da Esperança
De vaqueiro e boi
Do Boi Brilho da Cultura
Na terra que meu Deus criou (2x)
Paruá os teus tuxauas
Resistiram neste chão
Com a negrada da Baixada
Pagam o preço da opressão
Velha Rosa pelas margens
Esquecia um pouco, a escravidão!
O nosso "rio das araras"
O Paruá do pescador
Abriu veredas aos ribeirinhos
Que da Baixada aqui chegou
E o boi que ali urrava
Ao sertão também despertou
Na dinastia de três caciques
Codó se fez conquistador
Alguns pagãos se batizaram
E o boi nelore ruminou
Cinco famílias ali estavam
E a porteira, então, se levantou
Nos tempos da comunidade
A fé mais viva tinha ação
Padre Joaquim por nós lutava
Não aceita a aflição
A COLONE nem existia
A igreja era Deus com suas mãos
A luta por pão e terra
Um dia ouviu-se em canção
É Zé Vieira com a viola
Nos preparando a procissão
O batalhão estava crescendo
Para o dia da eman-cipação
Da Eldorado Maranhense
Nosso povo aqui chegou
É de Pedreiras, a minha gente
E de arredores, sim "sinhô"
O semblante não nos nega
Que o sertão,também, te conquistou
No meio da comunidade
Nasceu um líder de valor
Turiaçu ainda não sabe
Mas disse o Antônio Vereador:
"Ó deputado da Assembleia:
Marcone, nos liberte, por favor!"
Nosso projeto de cidade
Em fins de oitenta terminou
Foi enfrentado com coragem
Nele encontrou um professor
João Moraes seguiu os passos
Do dito Antônio Vereador
Começou a nossa urbe
Destacando um coronel
Que transformou as vilas rudes
Como pintadas com pincel
Prefeito Riod nosso orgulho
Da Santa erguida em lindo véu
Modelada em mãos sagradas
Donde vem favos de mel
O que ficou aqui da Itália
Dos filhos de São Daniel?
Com respeito foi aclamada:
A única capital do mel!
Tá completando mais um ano
Que a cidade se eman-ci-pou
Hoje um vaqueiro deixa as marcas
De um prefeito servidor
Vilson Ferraz me reencanto:
Tuas obras, tuas festas, teu valor!