FIM DE CARREIRA

Quanta saudade eu sinto

Do tempo que se foi;

Saudade do velho recinto

Que guardava o carro de boi.

A saudade fere bem fundo

O coração do carreiro,

Que deixou sinais profundos

Neste chão brasileiro.

Hoje não se vê mais

Um carro de boi na estrada;

No sul de Minas Gerais

Quase toda está asfaltada.

Disse um carreiro amigo:

- A carreira chegou ao fim;

Conservo agora comigo,

Só saudade dentro de mim.

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João Barbosa
Enviado por João Barbosa em 01/01/2011
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