Ilustres
Ilustres Alentejanos
Alentejo, terra do solo ardente,
És terra mãe de filhos sem iguais,
Pois foram criados no teu ventre
Muitas e grandes figuras mundiais.
Alguns desses filhos importantes
Eu, pretendo aqui homenagear,
Alguns, que outros estão distantes
E, procurei, não os consegui avistar.
Ele são: Eclesiásticos; Cientistas;
Poetas; Patriarcas ou Pedagogos;
Escritores; Pintores e Humanistas;
Azulejistas; Militares e Ideólogos.
Professores e Prisioneiros de guerra;
Artistas plásticos e até um Presidente;
Há também uma rainha de Inglaterra,
De tudo encontramos em tua gente.
Hoquista; Escritor; Operador artístico
E Pensador, também em ti nasceram,
Mas Arquitecto; Pensador politico
Ou Ensaísta, igualmente te escolheram.
Reis; Condes; Duques e Matemáticos,
São teus filhos de grande valor,
Outros houve com cargos problemáticos
Como o daquele que foi o Inquisidor.
Governadores da Índia e outras praças;
Juristas; Linguistas; Atletas e Actriz;
São gente que, numa mescla de raças,
Faz de ti uma terra de gente feliz.
Recordistas europeus e mundiais;
Poetisas afamadas; Secretários da coroa,
Representam a terra de meus pais,
Terra de gente humilde, leal e boa.
Cenógrafos; Ceramistas; Desenhadores;
Médicos; Naturalistas; Escrivães reais,
E também o maior dos navegadores
É filho teu, Alentejo, Que queres mais?
Infantas; Cavaleiros tauromáquicos;
Forcados; Políticos e Embaixadores.
Além de teres um dos lugares diplomáticos
Mais importante na Europa dos Doutores.
Ministros; Jornalistas; Legisladores;
Cosmógrafos; Cineastas; Mulheres ousadas
Que, contra a vontade dos senhores,
Foram à universidade, transfiguradas.
Diplomatas; Heróis da última revolução;
Guitarristas; Fadistas, tudo gente afamada.
À expo Noventa e oito deste contribuição.
És, assim, terra de gente bem conceituada.
Foste terra mãe de um grande tenor
E de muito artista desconhecido.
És terra mãe de um povo trabalhador
Que, ultimamente, tem andado esquecido.
Há filhos que não podemos esquecer,
São aqueles que nascendo noutro além
Nos deram a liberdade de nascer
E que, por isso, são nossa gente também.
Francis Raposo Ferreira