Borba

Borba

És uma, simpática, vila Alentejana,

De gente humilde e hospitaleira,

És terra de vinho que não engana,

Produzido com o fruto da videira.

Do distrito de Évora és integrante

E por quatro freguesias composto.

A agricultura é actividade importante,

Mas existem outras opções, vai do gosto.

Nem todos sabem onde estás situada,

Mas, pensando bem, é melhor assim,

Deste modo fica, para mim, reservada

Essa maravilha que conservas em ti.

Não, não falo nem do vinho nem da gente,

Refiro-me à obra de decoração invulgar

Que é a igreja das Servas, diferente,

É um prazer aqueles mármores contemplar.

Quem não ficar convencido com tanta cor

Pode apreciar os frescos, no tecto pintados,

Se ainda assim, alguém, te recusar valor

Mostra-lhe os coros, a azulejos forrados.

Notas, nalguns rostos, pouca convicção,

Encaminha-os para o claustro, dois pisos,

Diz-lhe que é património da nação

E verás, nesses rostos, lindos sorrisos.

Mostra-lhes a igreja de S. Bartolomeu,

E a igreja de Nossa Senhora do Sobral,

Se notares que alguém não se convenceu

Fala-lhe do resto do espólio patrimonial.

O padrão dos Montes Claros, é história,

Serve para imortalizar a dita batalha,

O castelo, ruínas, traz-nos à memória

Gente de coragem que nunca falha.

Poderia aqui focar tantas outras belezas,

Mas com estas já bem apresentada ficas,

Considero-te das mais lindas vilas Portuguesas

E espero, em breve, beber na fonte das bicas.

Em mil trezentos e dois te deram foral,

D. Dinis te proporcionou a liberdade,

D. Afonso II te fizera terra de Portugal,

D. Manuel novo foral te daria, mais tarde.

Borba és terra de gente trabalhadora,

Séria, simpática, determinada e feliz,

Podes já não ter o brilho de outrora

Mas continuas a ser importante ao país.

Francis Raposo Ferreira

FrancisFerreira
Enviado por FrancisFerreira em 06/05/2011
Código do texto: T2953363