O Jumento, nosso órfão

Na Era da Globalização

O Nordeste não é o mesmo

Foi o jumento, nosso irmão

Renegado pelo sertanejo

A antiga besta de carga

Perdeu sua eterna função

Não sem guardar uma mágoa

Do seu dono no sertão

Agora vive a besta solitária

Comendo o pasto agreste

Não sendo mais necessária

Sua utilidade no Nordeste

O antigo jegue da moda

Foi trocado com ingratidão

Pelo "animal" de duas rodas

Nas paragens do sertão

Qual será minha sina?

Pergunta o jegue amuado

Sofrerei carnificina

Pra me tornar um enlatado?

Mais resistente que o touro

Ele passa nesse teste

O jegue merece um "ouro"

Como símbolo do Nordeste.

Pedro Ernesto Prosa e Verso
Enviado por Pedro Ernesto Prosa e Verso em 08/02/2012
Código do texto: T3487004
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