Vida de nordestino
Nuvens carregadas surgem no horizonte
Fazendo renascer a esperança que ainda vive
No coração do homem nordestino
Que, prostrado de joelhos, na terra rachada
Castigada pela seca que assola a região
Implora aos céus, com os olhos lacrimejando
Que a chuva não demore a cair
Porque já não há mais água nas nascentes
E a vida está se esvaindo, pouco a pouco.
O que será desse povo humilde e sofrido
Que já não tem a quem recorrer?
Vivem entregues à própria sorte
À espera que um milagre aconteça
E que a tão esperada chuva
Volte a cair novamente
Molhando a terra esturricada pelo sol
E trazendo a vida de volta
Em cada pedacinho desse chão.