RANCHO ABANDONADO
A chuva cai de mansinho,
Molhando o velho telhado
Do meu pobre ranchinho,
No sertão abandonado.
Há tempo saí de lá,
Deixei-o sem ninguém;
Só ficou meu sabiá,
Que cantava pro meu bem.
Cercado de densa floresta
Na margem do ribeirão,
Onde a natureza em festa,
Alegra o meu sertão.
A alegria é contagiante
Quando se chega na porteira,
Ouve-se um barulho interessante;
É água rolando na pedreira.