RANCHO ABANDONADO

A chuva cai de mansinho,

Molhando o velho telhado

Do meu pobre ranchinho,

No sertão abandonado.

Há tempo saí de lá,

Deixei-o sem ninguém;

Só ficou meu sabiá,

Que cantava pro meu bem.

Cercado de densa floresta

Na margem do ribeirão,

Onde a natureza em festa,

Alegra o meu sertão.

A alegria é contagiante

Quando se chega na porteira,

Ouve-se um barulho interessante;

É água rolando na pedreira.

João Barbosa
Enviado por João Barbosa em 24/12/2007
Código do texto: T790369