SÓ A SAUDADE

Quanta saudade

A gente sente

Quando de repente

Tudo findou!

E o tempo

Lento passa,

Como fumaça

Que o vento levou.

Era bom

O tempo de criança

Só resta lembrança

Dos anos vividos.

É gostoso

A gente reviver

A vida de prazer

Com os pais queridos.

Somente hoje

Percebo a importância

Do tempo de infância

Que pra longe foi.

Toda tardinha

Brincava na estrada

Onde não passava nada...

Vez em quando um carro de boi.

O modernismo

Chegou na minha terra,

Na estrada lá da serra,

Já se vê carro importado.

Não há casa de barro,

Só casa de alvenaria.

O viver de hoje em dia

Já ficou falsificado.

A vida simples

Que a gente viveu,

Aos poucos morreu

Lá no meu sertão.

Só a saudade

Que é demais,

Não sai jamais

Do meu coração.

N.B.: Direitos autorais reservados.

João Barbosa
Enviado por João Barbosa em 09/03/2008
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