SÓ A SAUDADE
Quanta saudade
A gente sente
Quando de repente
Tudo findou!
E o tempo
Lento passa,
Como fumaça
Que o vento levou.
Era bom
O tempo de criança
Só resta lembrança
Dos anos vividos.
É gostoso
A gente reviver
A vida de prazer
Com os pais queridos.
Somente hoje
Percebo a importância
Do tempo de infância
Que pra longe foi.
Toda tardinha
Brincava na estrada
Onde não passava nada...
Vez em quando um carro de boi.
O modernismo
Chegou na minha terra,
Na estrada lá da serra,
Já se vê carro importado.
Não há casa de barro,
Só casa de alvenaria.
O viver de hoje em dia
Já ficou falsificado.
A vida simples
Que a gente viveu,
Aos poucos morreu
Lá no meu sertão.
Só a saudade
Que é demais,
Não sai jamais
Do meu coração.
N.B.: Direitos autorais reservados.