Sensualidade à flor da inocência

Ao nascer, tu és clausura hermética

Lava solidificada nas entranhas da mente

Que acende os desejos inócuos

E aguarda o bote da serpente

Mas em sono profundo, é oriundo

Bem ao fundo, na raiz da genética

A incógnita contida na visão do menino

Deturpa a real motivação, e então

Posto que é impedimento

Navega em devaneios, mas em mar aberto

De certo, se esvai a chama ao vento

A contento, face à arguição, não se explora

Mas há de chegar a hora da vitória,

Do insigne sentimento aflorar

A conexão é inerente, quando frente à frente

Magnetizado pela emoção, com sofreguidão

Deixa-se embalar, encantar...sem acreditar

É dor no peito, pulsação torrencial e urgente

Expele ardor, porventura um ínfimo amor

É ebulição que sai dos olhos, cai no colo

Que de desconhecido, só é sabido

É profundo e obviamente verdadeiro

Sensual e emergente, do âmago expulsa

O que no adulto é certo e derradeiro.

Marco Dorta
Enviado por Marco Dorta em 12/05/2013
Código do texto: T4286175
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