"Manhãs"--Versos Existenciais

De manhã,

Ora, de manhã,

É a hora do meu bocejo

Do meu poema

De manhã ,é a hora do copo de leite

Do chilreio do pássaro.

De manhã, é a hora do dente

E da toalete

Ora, de manhã, vou ao mercado

De manhã, é o espreguiçar gostoso

E a lembrança do teu amor dengoso, ontem

E do travesseiro ocioso e choroso

A me espiar com olho comprido,

Sentido, ao meu lado,

Calado e vazio,

nas minhas manhãs...

Suzana da Cunha Heemann
Enviado por Suzana da Cunha Heemann em 07/04/2015
Reeditado em 07/04/2015
Código do texto: T5197973
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