Corpos Nus

Não me ignore, minha princesa

Estou batendo ao seu portão, aflito

Perdão pelas minhas tolas incertezas

Desça, venha, fale comigo

Não sei o que fazer para que você me escute

Abra a janela, por favor, estou sentindo frio,

Não me deixe aqui aos cães e uivos.

Veja a lua, se lembre daquele entardecer

Em que estávamos nos amando, amantes

Nada mudou, eu amo apenas você

Minha musa, medusa, que me petrifica em instantes

Minha musa, me seduza com os seus olhos de diamante.

Escrevo no trabalho, como um tolo escravo

Algemado ao nosso conto encantado

Entusiasmado com os seus beijos molhados

Escrevo com detalhes os meus sonhos e realidade

Peço-te, então, o seu abraço, seu carinho, seu amasso.

Queria voltar para casa, cansado, e te encontrar

Em minha cama, pelados iríamos nos amar

Não consigo me controlar ao te olhar em fotos

Como aquela com o vestido, aquele tecido lindo

Misturado com o seu sorriso tão atrativo

Quero te beijar, nossas línguas a entrelaçar

Quero te tocar, corpos a suar.

Suba sobre mim, faça-me sentir feliz

Pule sobre mim, deixe-me mais que afim

Por ti eu ficarei rígido como marfim

Para tê-la, eu viajaria mares sem fim sem dormir

Apenas para vê-la, senti-la, entretê-la.

Eu vou dizer o que todos já sabem

Sinto falta de você e de seu abraço suave

Escrevo aqui sonolento, já está tarde

Apenas para expressar minha verídica saudade

Apenas para explorar quem me proporciona felicidade.

Escolhi essa noite para lhe dedicar esses versos

Escolhi essas palavras para demonstrar gestos,

De carinho, de cumplicidade, de amor eterno

Também decidi arriscar novamente uma poesia,

Talvez para tentar persuadir alguém para que ela seja minha

Não sei bem, mas a quero fazendo dueto em minha vida.