Cândida flor

Em teu pomar, frutíferos anseios

Cristais de sagrados mistérios velam

Todo seu corpo banhado a rosas e passeios

De gotas salgadas que em teus seios navegam

No jardim do meu peito repousa suas mãos

Cálidas asas que bailam o céu da candura

Em teu voar altíssimo deste-me inspiração

A proclamar com tuas penas uma bela pintura

Em dúvida reflito, Camélia ou Carnívora?

Às vezes me sorri belamente regada

Noutras me engole fugaz de tão víbora

Mas sempre com zelo me surge molhada

CarolAmantino
Enviado por CarolAmantino em 16/02/2019
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