Amor, Sexo e Poesia
Entre nós não existe a busca da métrica
Porque tudo se encaixa perfeitamente.
Os versos são beijos com réplica e tréplica
Que brotam da boca naturalmente...
As rimas se acariciam na pele
E o arrepio de tesão acontece.
Os abraços são figuras de linguagem
Que se enlaçam na libidinagem...
As metáforas precisas e imprecisas
Surgem de raras imagens vestidas
E retratam as vontades que sentimos .
Nas hipérboles cada vez mais nos unimos...
Nossas antíteses se completam
E nos erros se acertam .
Os paradoxos gemem em vícios ...
As sinestesias de nossos sentidos .
Explodem em nossos cios
E misturam-se na nossa libido .
Somos a personificação do desejo
Que se liberta como um grito preso...
E a ironia é que, mesmo em sussurros,
Escutamos nossos corpos em urros.
Os tremores vão se rimando
E estremecemos nos beijando.
Nossas estrofes têm nosso sabor!
Poemamos com tanto tesão
Que nossos sexos são a comparação
Mais que perfeita com fruto e flor.
No limite do eufemismo e do lirismo,
Somos taças transbordantes de vinho !
Somos a gradação infinitamente crescente
Alinhavada no tecido do presente.
Entre carícias e nossos nomes chamados,
A metonímia confunde obra e autor...
Rimas perfeitas em tantos espasmos
Ditam o ritmo de nossos orgasmos.
E.assim atravessamos noites e dias
Fazendo amor, sexo e poesia!