Marca de Paz

Garoa guasqueada

Na tarde de agosto.

Os pingos no rosto,

Pé firme no estrivo.

No barro nativo,

O rastro pra trás

É marca de paz

Que anda pra frente

E invida o vivente

A não parar mais.

No tranco estradeiro

A boca vai solta.

A crina revolta.

O freio mascado.

Chapéu desabado

Corpeia a garoa.

O ritmo ecoa,

Parceiro dos ventos,

Marcando momentos

No chão encharcado.

Iberê Machado
Enviado por Iberê Machado em 03/02/2006
Código do texto: T107611