Mapas de Amizade

Pilchas e arreios, o meu lenço bem atado.

De rédea curta, o meu tobiano rosilho

Conhece trilhos, hoje em dia, onde um gaúcho,

Mesmo sem luxo, ainda andeja no lombilho.

Por onde passo, no meu tranquito teatino,

O campesino e o povoeiro têm respeito.

É deste jeito: De-a-cavalo pelo pampa,

Que a xucra estampa perpetua o seu destino.

Herói Rio Grande, onde o povo cavaleiro

Nos seus apêros trança cordas sem idade.

Com liberdade, rédea, estribo e ferradura,

Pelas lonjuras, traçam mapas de amizade.

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Iberê Machado
Enviado por Iberê Machado em 29/06/2006
Código do texto: T184556