Homem, do que tu és feito?

É grave o que vos digo

O mundo tem cavado uma cova

Infelizmente sabemos que cabemos nela

Não deveriam existir bravos homens?

Heróis que não se submetem a maldade?

Não deveria haver guerras contra os perversos?

Não deveriam se sacrificar os mártires?

Choram as mães

Os pais se revoltam

Mas a mentalidade de ovelha

O obriga a nada fazer

Até quando tardareis, amigo?

Até quando iras fingir que não é contigo?

Vinde bradar conosco

O homem acordou!

Trote por entre os campos

Avista o inimigo e acelera a corrida

Tende certeza que se cair

Os amigos irão te ajudar.

Desembanha a espada e se prepara

Já observa a fraqueza

O suor escorre

A garganta seca

Ele já se aproxima com um golpe!

Fácil de desviar

Tão fácil que ele difere outro

E outro

Outro e outro

Ele está nervoso

A espada treme em sua mão

O seu sangue ferve

Assim como sua espada

Ao atravessar a clavícula desprotegida.

É triste pensar que ele era o seu vizinho

Que escolheu o lado errado

E pagou ou preço sozinho

Mais um sangue, do manipulado, derramado.

Amigo, não é hora de parar

Eis que um novo exército infame vem

Montados em serpentes

Mulheres atraentes

O seduzem a desistir.

Homem, do que tu és feito?

De honra ou luxúria?

Mata a cobra, a mulher e abismo

Ergue a espada e grita

O Deus que te ouve lhe dona

Com a voracidade de um leão

Para que os teus inimigos pereçam

E fujam

Mas tu irás

Até os confins

Para aniquilar

Os fantasmas e fantoches

Os colossais e os monstros

Para que nesta terra

Haja Paz completa e prosperidade

E que tua hora chegue, enfim...