Flores

Pequenas flores adornam o funesto ataúde,

E que com suas cores, tentam enganar a dor...

Flor por flor, que por seu gesto engana...Ilude,

Disfarçando a morte, em um sorriso multicor...

É a sua ultima doação, e se entrega à morte,

Que por questão de sorte, não fora um buquê...

Pois também deixara de viver em questão do corte,

Levadas por mãos, e não questionadas porque!

Flor, que não arbitra em seu destino,

Hora nasce no campo, outra no jardim do senhor...

Mas não enlouquece, não entra em desatino,

E aceita seu destino, sendo unicamente flor...

Que há de enfeitar as praças, ruas e altares,

Presenciando lágrimas, alegrias...Tal qual o amor!

Pois suas cores estão em todos os lugares,

Até nos momentos de dor...

Anjos ou Demônios
Enviado por Anjos ou Demônios em 19/01/2006
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