Flores
Pequenas flores adornam o funesto ataúde,
E que com suas cores, tentam enganar a dor...
Flor por flor, que por seu gesto engana...Ilude,
Disfarçando a morte, em um sorriso multicor...
É a sua ultima doação, e se entrega à morte,
Que por questão de sorte, não fora um buquê...
Pois também deixara de viver em questão do corte,
Levadas por mãos, e não questionadas porque!
Flor, que não arbitra em seu destino,
Hora nasce no campo, outra no jardim do senhor...
Mas não enlouquece, não entra em desatino,
E aceita seu destino, sendo unicamente flor...
Que há de enfeitar as praças, ruas e altares,
Presenciando lágrimas, alegrias...Tal qual o amor!
Pois suas cores estão em todos os lugares,
Até nos momentos de dor...