CONTRA A MARÉ
 
 
O que fazer agora
 
com toda essa poesia
 
que chegou sem avisar
 
e sem nada dizer, expulsou a paz?
 
 
O que fazer com a saudade
 
da noite de lua cheia
 
impulso de ventania
 
avanço de mar na areia
 
tortura doce, pele e desejo,
 
sangue ebulindo na veia?
 
 
O que fazer agora
 
com os versos que escorrem
 
do sal de um poema profano,
 
embriagado de vinho, de luz, de engano?
 
 
                        
Sonia R
Enviado por Sonia R em 04/06/2008
Código do texto: T1019604