Alone,

Devaneios líricos

Sinta o ódio escorrer do meu olhar,

Sinta a revolta emanar de meus poros,

Quando o brilho do meu olho ofuscar a sua coragem....

Sente na minha ira o pesar de um destino,

Chora com minha alma a dor que nunca foi dita,

Sangra no meu silêncio sua compaixão defasada,

Perde a tua esperança no velar dos meus sonhos...

Dos pulsos escorreram lágrimas,

Sangue lavava o suor,

Olha-me, diz por meus instintos de onde eu sou.

Eis que venho de lá.

Sente na minha ausência teu medo,

Sente meu prezar como fumaça escapando por entre seus dedos que tão de perto pode cuidar mais perdeu...

Assiste a novela de teus dias tentando acreditar que voltará a sorrir sinceramente,

Sufoque em arrependimento, implore pra voltar no tempo, sonhe com um futuro que tens certeza nunca mais existir.

Precisou de tanto pra se aproximar e de tão pouco para se afastar de uma vez por todas.

Hoje eu entendi...

Engraçado o quanto se aprende com as pessoas que mais sabem nada,

Com um único olhar finalmente entendi qual era a minha missão, e tive duas concluesões....

Eu não serei cuidado, estou aqui para unicamente servir, fazer, cuidar, mas verdadeiramente, ninguém vai cuidar de mim, por que o egoísmo que se ausentou de mim fora distribuído nos que restaram e simultaneamente cheguei a segunda que me foi como acordar para o mundo novamente...

Cuidar das pessoas não seria o suficiente, esperar alguém seria inocência, então finalmente entendi, que eu deveria cuidar de mim....

Entre meninos e lobos, essa história nunca terá um fim.

rOg Oldim
Enviado por rOg Oldim em 06/06/2008
Código do texto: T1022851