Poema 0226 - Máscaras dos desejos
Tenho máscaras de desejos, muitas, ao todo sete,
visto-me de ladrão, cobrindo meu rosto com teu corpo;
nas partes tristes, deixo um gosto doce de saliva quente,
viro menino descuidado quando trepado no teu corpo nu.
Sou louco sim, quando dentro das partes quentes da pele,
visto-me de deus, um somente teu, para teu prazer,
desperto tuas vontades do sono profundo do passado,
gosto quando te assusta, mas não foges das minhas fantasias.
Sou sol quando lateja o sangue nas bordas dos sexos,
faço ser como se fosse a primeira vez todos os encontros,
fazendo brilhar dentro dos teus olhos uma luz especial,
visto-me de alma quando te beijo, de amante quando te tomo.
Minha última máscara, o homem que volta para o êxtase,
com a liberdade de preencher a carne com outra carne quente,
a insegurança e o despreparo das noites frias e sem lua,
aquele que compreende e escraviza todos os teus sentimentos.
14/04/2005