O Espelho de Vênus

No espelho, Vênus ecorre em luz.

Liquidamente faces e braços

caem num só nicho de ventre.

De Marte, a flecha atinge a cruz

em nascimentos, guerras, laços

e, assim para todo o sempre,

lasso será,

o desenlace de muitos abraços.

Vênus se cobrirá de fios,

toda beleza dos teares

distorce a insinuação dos ares,

mácula do nu sem brio.

A guerra é vestida. A morte

traz no manto, enrolada sorte

dos que virão, josés e marias.

No võo das flechas, ventanias,

haverá uma grande carência

de musas nuas e transparências.