FUGAS

Nos sonhos parto, vou viver alhures

— Embriaguez mortífera sentindo —

Os feros brados de desejo infindo...

Minhas feridas... esperar que cures.

Desejo, sofro... Quero que me jures

Viver comigo este sonho lindo...

Não..., não me acordes, deixa-me dormindo...

Que possa te-la... sem perder algures.

Amiga, musa dos meus tristes fados,

Ouve estes versos que te são legados.

Sào frutos tenros deste meu lamento.

Guarda-os contigo que vem vindo o dia:

O sonho acaba, não há mais poesia...

Vai-se na aurora..., no dossel do tempo...

Valdez de Oliveira Cavalcanti
Enviado por Valdez de Oliveira Cavalcanti em 17/11/2004
Código do texto: T104