FUGAS
Nos sonhos parto, vou viver alhures
— Embriaguez mortífera sentindo —
Os feros brados de desejo infindo...
Minhas feridas... esperar que cures.
Desejo, sofro... Quero que me jures
Viver comigo este sonho lindo...
Não..., não me acordes, deixa-me dormindo...
Que possa te-la... sem perder algures.
Amiga, musa dos meus tristes fados,
Ouve estes versos que te são legados.
Sào frutos tenros deste meu lamento.
Guarda-os contigo que vem vindo o dia:
O sonho acaba, não há mais poesia...
Vai-se na aurora..., no dossel do tempo...