A deriva

Sair à deriva, assim, vagar, ir além,

sentir a brisa, pisar o chão, molhar os pés,

saber em si o sol que desenha no horizonte

a face da vida na cumplicidade que traz o bem.

Ser sóbria, mas nem tanto,

declamar tudo o que a alma vem sentindo,

rimar em verso e poesia a verdade da própria vida

alimentando o dia que traz o tom a um novo canto.

Ser nobre malabarista no palco que veste o artista,

transformar as marcas que desenham a face em riso,

ser alguém ou apenas viver sem rótulos ou vícios,

e de novo, ver algum outro dia amanhecer otimista.

Assim, ir além sentindo e vivendo o bem,

respirar recriando nos sonhos o que o poeta traz,

reescrever em rimas os versos que conclamam a paz

na verdade que chama a vida, destemida sempre vem.

Aisha
Enviado por Aisha em 29/06/2008
Código do texto: T1057022