Clama, Poeta!
Clama, Poeta!
Eda Carneiro da Rocha
Não só de súplicas, vivo eu poeta!
Clamo, proclamo que tenho direito
sem nada pedir a ninguém
à Felicidade do Amor!
Por que serei Fariseu ou viverei como Lázaro,
que quase tudo perdeu?
Mas não perdeu a sua Fé,
pois ressurgiu, viveu e amou a vida!
Não! Chega de dor,
de beijos que não existem !..
Mas não sou esse poeta!
Sou muito outro.
Aquele que prega a literatura mais bela
dos dias meus,
que não conheceu a desgraça,
pois não a concebeu,
em sua vã melancolia!
Não ,ao Estoicismo!
Sim, à Vida,
mesmo, se vivida
com sacrifício e desamor!
Não sou Poeta?
Farei então de minha vida,
um Ato de Fé e Amor!..
Direi os Poemas mais felizes
que minh'alma canta,
tecerei em fio de ouro
as letras do meu bordado
e com ele
compor-te-ei uma melodia:
Melodia que fala de Vida,
de Esperança, de Risos,
Olhares presos pelo Coração!
Alma em sintonia com o Universo,
onde triunfarei com o ósculo,
impregnado de Amor por ti:
Oh! Poema Vida!..
Eda Carneiro da Rocha