VERSOS FÚNEBRES.

Desnudam-lhe!

Àquele corpo, nu, inerte, resfriando-se.

Quase em morte.

Acompanha-lhe nos últimos instantes,

A esperança, seguindo os mesmos ritos.

Quase sem vida.

Enquanto a Vida se esvazia.

A Perspectiva reluta, todavia.

Porém, se lhes vão apagando os cenários.

Nus de todo mostram-se

A Vida e a Esperança,

Jazidos!

O corpo de todo desnudo,

Desiludido, bane a esperança.

Não obstante, socorre-lhes o amor.

Sobre àqueles corpos tímidos,

Em nudez de sonhos, as vestes mortuárias.

Ornadas pelas desilusões!

Do hálito daquelas mortes,

Espargem-se versos fúnebres!

Que ressuscitam a Esperança e glorificam o Amor

Que é de todo e para todo o sempre – Eterno.

Cláudia Célia Lima do Nascimento
Enviado por Cláudia Célia Lima do Nascimento em 03/07/2008
Reeditado em 07/07/2008
Código do texto: T1063449
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