Alimentar a dispersão...

Seus olhos me consomem

Sua boca me rende

Suas mãos me prendem

Sua lembrança completa meu corpo dos pés a cabeça

O universo a girar

Um ponto nele sem certeza de onde chegar

Difícil nutrir a razão...dispersar a emoção

Flor bela que em seu espinho me faz sangrar

Perfume que pelo ar me faz chorar

Me contenho até doer

Disfarço, me curo e tú insistes em ser

No travesseiro onde meus sonhos desembaraçam

Sinto sua respiração em minha face

Fazendo meu coração bombear em escala maior a cada segundo

Certa de que ao abrir os olhos naquele instante

Teria a vista da noite mais deslumbrante...

Mas...algo maior que se chama razão

Me faz virar o rosto e então

Fugir daquele vento quente...

E trocar o lado do travesseiro e dos sonhos como quem muda o canal da tv

Tentando crer enganadamente que a vida funciona como um controle remoto em minha mão...

Será passageiro, esse que me leva?

Será minha cura verdadeira? Ou minha doença?

O que será? Que será?

dáRidA faGgi
Enviado por dáRidA faGgi em 18/07/2008
Reeditado em 07/09/2008
Código do texto: T1086176
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