Apreciações diversas
I
Olhar janela a fora
Toda a beleza construída
A pureza do teu concreto
O azul de tua piscina
O almejado cinza do teu céu
Apreciar demoradamente teu verde
Das quadras de tênis talvez
Toda a luminosidade elétrica da tua escuridão
Da tua destruída escuridão natural
Entregar-se à tua vaidade
Impura e devastadora
O canto dos pássaros suprimidos
A excentricidade comum
Do silencio do teu centro
Caídos, alcoolizados te renegam
A urbanização imposta
Tão aceita e venerada
São observações de uma noite não calada.
II
Quero agora verde puro natureza
Quero apreciar a tua obra
A magnitude da aurora
Crepúsculo do amanhecer
Sem fumaça
E sim neblina exposta
Do amanhecer que chega timido
Grandiosidade insuficiente
Insuficientemente aproveitada
Por aqueles que o concreto
Construiu, reconstruiu
E, então, reforma.
Salvador, janeiro de 2006