Apreciações diversas

I

Olhar janela a fora

Toda a beleza construída

A pureza do teu concreto

O azul de tua piscina

O almejado cinza do teu céu

Apreciar demoradamente teu verde

Das quadras de tênis talvez

Toda a luminosidade elétrica da tua escuridão

Da tua destruída escuridão natural

Entregar-se à tua vaidade

Impura e devastadora

O canto dos pássaros suprimidos

A excentricidade comum

Do silencio do teu centro

Caídos, alcoolizados te renegam

A urbanização imposta

Tão aceita e venerada

São observações de uma noite não calada.

II

Quero agora verde puro natureza

Quero apreciar a tua obra

A magnitude da aurora

Crepúsculo do amanhecer

Sem fumaça

E sim neblina exposta

Do amanhecer que chega timido

Grandiosidade insuficiente

Insuficientemente aproveitada

Por aqueles que o concreto

Construiu, reconstruiu

E, então, reforma.

Salvador, janeiro de 2006

Gustavo Chaves
Enviado por Gustavo Chaves em 10/02/2006
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