NOITE
A noite surge..., lenta, mansamente....
Vem dedilhando liras de saudade,
Cantando a vida breve, a brevidade
Do amor, do amor fugaz, impermanente...
Quedo-me lasso, frouxo, molemente,
Sem esboçar qualquer atividade;
O pensamento ao léu, na imensidade,
Enquanto a noite flui, suavemente...
E vou tecendo rimas regulares,
Velhos refrões soltando pelos ares...;
Cantando a noite triste, o himeneu
Das minhas horas lânguidas, confusas...,
Florais de sombras, nebulosas musas;
Carpindo um amor que tive e que morreu...