De Mudança

Teve a chance de erigir uma vida de decência,

Edificada em confiança, amor e benevolência.

Mas a pseudo liberdade a assumiu e mudou,

Transformou seus ideais, das maneiras vazou.

Pensou no espaço o doce amor antigo,

Olhou intensamente seu único umbigo.

Buscou novamente o calor adolescente,

Achou o fogo de uma nova velha chance.

O ruir de sua vida brotou em cinzas,

Largou e suas cartas a voar em brisas.

Não pensou em seus mais íntimos,

Foi em busca de desejos mais ínfimos.

Doou-se ao léu como se fosse o céu,

Provocou a dor com o seu próprio fel.

E o amor a deixou como bandido,

Previsível como à tempos havia sido.

L’(Max) 22.08.08