Desculpe-me Pai

Desculpe-me Deus

Pois às vezes me esqueço

De ajoelhar-me diante a cama

Como mamãe fazia quando criança

Desculpe-me meu pai

Pois fiz você chorar

De suas lágrimas fez a chuva

Hoje sei

Desculpe-me pai

Pois matei um de seus filhos

Aquele minúsculo inseto

Também era seu

Desculpe-me pai

Não era para ser assim

Desejei o mal

E olhe o que aconteceu

Me tornei algo que não sou

Dei as costas

Ao que você falou

Desculpe-me pai

Agora que perdi

Me ajoelho diante a ti

Para lhe pedir perdão

E você me cura

Com o toque de suas mãos

Desculpe-me pai

Por não saber agradecer

Por tantas vezes eu fazer-lhe sofrer

Desculpe-me pai

Não era para ser assim

Eu lhe peço e tu me dás

Mas depois que ganho

Não rezo mais

Desculpe-me pai

Pois um dia levantei a mão para meu filho

Fiz para ele o medo

Que até então não conhecia

Desculpe-me pai

Pois na hora certa eu saberei

Lhe agradecerei

Com um beijo em sua face

E minhas lágrimas pai

Guardaras por toda eternidade

Pois será mais sincera

Do que todas as verdades.

Avena
Enviado por Avena em 20/02/2006
Código do texto: T114301